As ideias ecológicas e de sustentabilidade estão em voga atualmente, crescendo cada vez mais na academia e na grande mídia, e uma das principais pautas desse assunto é a dos produtos sustentáveis.
O que é novidade, talvez, é que muita gente confunde esse tipo de produtos com outras soluções similares, como a dos produtos verdes ou a dos ecológicos. O que inclusive pode levar a erros mais graves e até a propagandas enganosas.
Por exemplo, quando uma marca fixa uma etiqueta tag personalizada em determinado produto, dizendo que ele é sustentável, isso tem que estar de acordo com normas e diretrizes muito claras, de órgãos nacionais e internacionais.
Sendo assim, não é apenas uma questão de opinião, mas algo que precisa corresponder à atuação da empresa enquanto instituição estabelecida.
O que envolve desde a compra com seus fornecedores, passando pela mão de obra empregada, até a publicidade.
De fato, hoje existe um tipo de marketing verde, também chamado marketing ambiental, que tem sua razão de existir, e pode ser um modo legítimo de fazer publicidade.
Todavia, há uma técnica maliciosa que se chama greenwashing, que exige nosso cuidado.
Neste caso, se uma empresa diz que faz limpeza de estofado com água renovável, e comprova isso permitindo que qualquer cliente verifique a fonte de onde vem seu abastecimento, temos um caso de padrão ético que está conforme a proposta.
Contudo, há empresas que fazem uma espécie de “lavagem de verde”, ou “pintam de verde” (daí o termo greenwashing) os seus produtos e serviços.
O que consiste em apenas encobrir métodos e processos que continuam prejudicando a natureza e o mundo.
Daí nosso interesse em aprofundar este assunto aqui, detalhando este artigo para que o leitor saiba como diferenciar produtos sustentáveis, verdes e ecológicos, bem como aqueles que fazem mau uso do marketing ambiental, ludibriando as pessoas.
Lembrando que hoje em dia qualquer indivíduo pode fazer sua parte e ajudar o mundo a levar essas bandeiras adiante, inclusive executando-as na prática do dia a dia.
O mesmo vale para pequenas e médias empresas, que também podem assumir essas boas práticas.
Por exemplo, uma loja de móveis que vende Estação de trabalho pode priorizar aqueles fornecedores e aquelas indústrias moveleiras que são comprometidas com madeiras de reflorestamento, ou mesmo de demolição.
Deste modo, se você deseja mergulhar de cabeça neste assunto e compreender as diferenças citadas, como modo de entender melhor e também de começar a reforçar seus próprios costumes pessoais ou profissionais, basta seguir com a gente até o fim.
De onde vêm ideias ecológicas?
Pouca gente sabe, mas a palavra ecologia deriva do grego, cujo radical é “oikos” e designa nada menos do que “casa”.
Sendo assim, é uma visão segundo a qual o mundo inteiro é uma extensão da nossa residência, o que já dá o tom desse campo de estudo.
A aplicação se deu pela primeira vez no século dezenove, com um zoólogo alemão chamado Ernst Haeckel.
Seu interesse era explorar a questão do convívio entre os homens, os demais animais (irracionais) e até as plantas, ou seja, a fauna e a flora.
Os campos ou disciplinas envolvidos nesse esforço incluem:
- Climatologia e hidrologia;
- Toxicologia e poluição;
- Ecologia geral;
- Ecologia de populações;
- Botânica de campo;
- Educação ambiental;
- Sociedades e populações.
Com isso, a primeira percepção foi a de que os animais têm um tipo de relação orgânica com seu meio ambiente, com índices baixos de depredação e aplicações que sempre se justificam, ou seja, eles não são capazes de esbanjar bens ou poluir um rio.
O mesmo não ocorre no reino do homem, ao estudar a dimensão das populações humanas com seu ecossistema ele se deparou com a realidade do mercado, da revolução industrial e de todas as demais mudanças que se iniciaram naquele tempo.
Provavelmente ele não imaginou que dali mais de um século o próprio universo corporativo acabaria absorvendo essa disciplina, como hoje em que existem empresas de engenharia ambiental, focadas em prestar um serviço para outros negócios.
Essa solução consiste justamente em prestar uma consultoria que ajuda uma empresa a evoluir dentro da classificação de que falaremos aqui.
Sendo assim, no sentido de tornar-se uma companhia sustentável, verde ou ecológica.
Sobre produtos ecológicos
Esse é o nível mais baixo em termos de exigência, que pode incluir uma instituição ou pessoa que ainda está começando a assimilar os valores da sustentabilidade.
Seu foco acaba recaindo na questão da biodiversidade, que foi uma pauta muito forte nos anos 1990, ligada ao equilíbrio do ecossistema, mas não de modo holístico ainda.
De qualquer modo, seu impacto já é revolucionário e, mesmo sendo algo de baixo nível ou principiante, há muitas empresas no mundo que não o cumprem.
Basta imaginar que inclui toda a cadeia produtiva de uma indústria primária, tanto no sentido de extração para realização de matéria-prima, quanto no sentido de linhas de produção e até de descarte de resíduos.
Assim, uma fábrica de cobertura de lona é propriamente ecológica quando ela já começa, de cara, preocupando-se com a origem dos seus insumos.
Se eles não forem extraídos com consciência, devem ser desconsiderados para a parceria.
Ademais, a fábrica precisa preocupar-se com sua própria operação, como uma chaminé que não pode ficar cuspindo fumaça o dia todo sem pensar nas consequências. De fato, filtros e sistemas de purificação podem contribuir para isso.
Por fim, o descarte de sobras e excessos que toda produção causa precisam ser igualmente conscientes, em vez de ocorrerem em rios e terrenos abandonados.
O conceito de produto verde
A ideia de produtos ou soluções verdes já é uma evolução da noção anterior de produtos ecológicos.
Especialmente porque não se preocupa apenas com o ecossistema ou com a cadeia de produção, mas também com outras frentes mais amplas.
O maior exemplo é o da eficiência energética, já que a questão das fontes renováveis de energia também é fundamental, sendo que essa pauta começou a ganhar maior relevância no cenário mundial por volta dos anos 2000.
Às vezes nós esquecemos, mas as tomadas de nossa casa estão conectadas a todo um sistema complexo de geração de energia, que pode ser hidroelétrico ou nuclear, que são as principais fontes no Brasil. Mas, também há as eólicas, químicas e mecânicas, entre outras.
Agora imagine uma fábrica que tem uma linha de produção de cortina blecaute com dois turnos, funcionando 24h por dia, durante a semana toda.
O consumo de energia que é gerado ali impacta diretamente a fonte dessa mesma energia, e portanto a natureza toda dentro daquele ecossistema. Daí a necessidade de buscar por alternativas renováveis.
Além disso, o produto ecológico dá um salto importante, que é preocupar-se com o comprador, pensando também na satisfação e bem-estar dele.
Essa ideia de pensar não apenas na natureza, mas também no próximo, já é um prenúncio do que o produto ou serviço sustentável fará, como fica claro adiante.
Por dentro da sustentabilidade
Ao falar em produtos ou serviços sustentáveis estamos tratando do nível mais alto de preocupação com o meio ambiente e com a harmonia de todo o ecossistema em que estamos inseridos, seja o mundo, a humanidade ou a fauna e a flora.
Essa visão holística começou a ganhar relevo no cenário mundial nos últimos anos, sobretudo a partir de 2010, com um maior alinhamento da ONU (Organização das Nações Unidas) com seus países membros.
Como já deu para entender até aqui, essa visão de mundo propõe não apenas os valores da produção ecológica e verde, mas também de pautas mais disruptivas.
Por exemplo, uma fábrica de totem fachada vai desenhar uma engenharia 100% consciente ao pensar também na qualidade de vida dos seus funcionários.
Portanto, não apenas o ambiente será menos impactado, como as leis trabalhistas e até as normas fiscais estarão sempre em dia, graças a uma cultura organizacional que alinha toda a hierarquia de modo vertical, da diretoria até a recepção.
As vantagens e benefícios
Por fim, tudo o que dissemos já passou por várias vantagens que os produtos sustentáveis, verdes ou mesmo ecológicos podem trazer.
Mas, há algumas que merecem destaque e aprofundamento, como o benefício comercial da vantagem em termos de competitividade.
De fato, ao falar em projeto fachada comercial, muitos clientes já pensam nessas pautas, preferindo quem as cumpre.
Desse modo, embora o foco devam ser os valores intrínsecos da proposta, também é digno de nota que há vantagens objetivas e até comerciais em cumprir com tudo isso.
Considerações finais
Portanto, finalmente, saber diferenciar produtos sustentáveis, verdes e ecológicos é um belo modo de se engajar na preocupação com o futuro do mundo e da sociedade.
Para isso, é preciso falar sobre vários conceitos mais elaborados, além dos práticos como os que demos acima, ilustrando com casos reais, para não ficar apenas em abstrações.
Agora, com as dicas que trouxemos aqui, vai ficar muito mais fácil entrar nesse assunto e já começar a dar os primeiros passos na direção certa.Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.