Conheça a modalidade de entregas crowdshipping aderida por alguns e-commerces
Veja esse sistema de entrega que tem ganhado cada vez mais adeptos, analisando as vantagens e desvantagens da modalidade
A pandemia obrigou empresas do mundo inteiro a repensar e melhorar as suas estratégias de venda, marketing e produção. Uma das áreas que mais sofreu transformações foi a de logística e entrega. Para manter as vendas em um contexto de explosão e concorrência aumentada no e-commerce, as empresas começaram a corrida pela entrega rápida.
O crowdshipping foi uma das estratégias que ganharam popularidade em empresas de diferentes segmentos — especialmente naquelas do ramo alimentício (bares e restaurantes). A ideia dos clientes é obter diminuição de preços ou descontos, enquanto as empresas reduzem os custos. Veja, a seguir, como esse sistema funciona.
O que é
O crowdshipping, também conhecido como crowdsourced delivery, é um sistema de entrega de produtos feito por pessoas a pé, de bicicleta, moto, van ou outros meios de transporte. O principal objetivo é reduzir o tempo de entrega e os custos. Isso é possível a partir do cadastro de empresas e entregadores em um aplicativo que irá conectá-los.
Quando o cliente compra algo, um dos entregadores cadastrados que estiver mais perto do cliente e do ponto de coleta será solicitado para realizar a entrega. O crowdshipping é uma das tecnologias da chamada economia compartilhada. Existem diversos aplicativos que permitem a remessa coletiva ao redor do mundo — no Brasil, existem o Shippify, Euentrego e Uelo.
Vantagens e desvantagens
Como todo sistema operacional, o crowdshipping tem vantagens e desvantagens. Os benefícios para as empresas são: maior agilidade na entrega dos produtos, possibilidade de acompanhar mais de perto a entrega, sendo responsivo às necessidades da demanda, complementação de entregas em cidades e bairros com restrições para a circulação de veículos pesados, menos responsabilização e prejuízos financeiros às empresas em casos de acidentes (já que elas não possuem vínculo trabalhista com os entregadores).
Para os entregadores, uma vantagem é não precisar de qualificações específicas para realizar esse trabalho — apenas poder e saber conduzir o meio de transporte escolhido. Entre as desvantagens, pode-se citar a responsabilidade dos entregadores em manter o meio de transporte escolhido em boas condições, a longa jornada de trabalho e a falta de direitos trabalhistas.
Cuidados
Esse sistema exige que as empresas tomem alguns cuidados. O primeiro é clássico na área da logística: garantir que o produto não chegue danificado ou atrasado. Muitas vezes, um problema na entrega pode colocar toda a experiência de compra a perder e fazer com que o cliente saia com uma péssima impressão da empresa e a critique para amigos e familiares, o que é muito prejudicial para a marca.
Outro cuidado fundamental é ter estratégias para manter a confiança dos clientes, e isso envolve a coleta de dados confidenciais deles (como endereço, CPF e nome completo). Além disso, as empresas podem, por exemplo, analisar os antecedentes criminais dos transportadores e devem ter um bom sistema de registro de pedidos para impedir vazamento de informações ou invasão de sua plataforma. Outra recomendação é que as empresas informem ao seu público quais critérios são adotados para selecionar os melhores entregadores.
Ao fazer parte da área de logística, é fundamental lembrar que o crowdshipping deve estar integrado às outras equipes da empresa. Ao tornar as entregas mais dinâmicas, esse sistema otimiza a experiência dos consumidores e exige mais integração dentro da companhia. Esta deve usar plataformas de gestão logística para ampliar o controle sobre suas vendas e entregas, além de simplificar suas atividades e integrá-las com mais eficiência. Cada vez mais a tecnologia tem se mostrado uma aliada importante no processo de vendas, sendo fundamental para expandi-las e consolidar a marca.